sexta-feira, 21 de agosto de 2015

O Papel e o Mar (2010)



O filme narra o encontro imaginário entre João Cândido, líder da Revolta da Chibata, e a catadora de papel e escritora Carolina Maria de Jesus, autora do livro Quarto de Despejo, em pleno centro do Rio de Janeiro.

É uma dupla homenagem ao trabalho de Zózimo Bulbul e da escritora Carolina Maria de Jesus.

com Zózimo Bulbul e Dirce Thomas.

Direção: Luiz Antonio Pilar

Carolina Maria de Jesus (1914 - 1977) - Heróis de Todo Mundo



Carolina Maria de Jesus nasceu no interior de Minas Gerais, em Sacramento, no dia 14 de março de 1914. Vinda de uma família extremamente pobre, tinha mais sete irmãos e teve que trabalhar cedo para ajudar no sustento da casa. Por isso, estudou apenas até o segundo ano primário.

Na década de 30, mudou-se para São Paulo e foi morar na favela do Canindé. Ganhava seu sustento e de seus três filhos catando papel. No meio do lixo, Carolina encontrou uma caderneta, onde passou a registrar seu cotidiano de favelada, em forma de diário.

Segundo Magnabosco, "mesmo diante todas as mazelas, perdas e discriminações que sofreu em Sacramento por ser negra e pobre, Carolina revela, através de sua escritura, a importância do testemunho como meio de denúncia sócio-política de uma cultura hegemônica que exclui aqueles que lhe são alteridade".

Descoberta pelo jornalista Audálio Dantas, repórter da Folha da Noite, Carolina teve suas anotações publicadas em 1960 no livro Quarto de Despejo, que vendeu mais de cem mil exemplares. A obra foi prefaciada pelo escritor italiano Alberto Moravia e traduzida para 29 idiomas. Em 1961, o livro foi adaptado como peça teatral por Edi Lima e encenado no Teatro Nídia Lícia, no mesmo ano. Sua obra também virou filme, produzido pela Televisão Alemã, que utilizou a própria Carolina de Jesus como protagonista do longa-metragem Despertar de um sonho (inédito no Brasil).

Em 1963, Carolina publicou, pela editora Áquila, o livro Pedaços da Fome, com apresentação de Eduardo de Oliveira. Em 1965 publicou Provérbios.

Em 1977, durante entrevista concedida a jornalistas franceses, Carolina entregaria seus apontamentos biográficos, onde narrava sua infância e adolescência. Em 1982 o material foi publicado postumamente na França e na Espanha, sendo lançado no Brasil em 1986, com o título Diário de Bitita, pela editora Nova Fronteira.

Carolina foi uma das duas únicas brasileiras incluídas na Antologia de Escritoras Negras, publicada em 1980 pela Random House, em Nova York. Também está incluída no Dicionário Mundial de Mulheres Notáveis, publicado em Lisboa por Lello & Irmão.

Carolina faleceu em São Paulo, em 13 de fevereiro de 1977. 

Fonte: http://www.acordacultura.org.br/heroi...

João Cândido Felisberto, Almirante Negro (1880 - 1969) - Heróis de Todo ...



João Cândido Felisberto nasceu no Rio Grande do Sul, em 1880. Filho de ex-escravos, aos 14 anos entrou para a Marinha, instituição que na época era composta por 50% de negros, 30% de mulatos, 10% de caboclos e 10% de brancos. A maioria dos marinheiros, assim, era composta por homens pobres, geralmente filhos de escravos, que recebiam salários irrisórios e eram constantemente humilhados. Os castigos físicos haviam sido abolidos no Exército em 1890, mas na Marinha persistia a aplicação de chibatadas, que recaíam principalmente sobre os marujos, pois ocupavam a base da hierarquia militar.

João Cândido entrou para a História como líder da Revolta da Chibata, ocorrida em 1910, contra os castigos físicos impostos aos marinheiros. Por conta deste evento, foi apelidado de Almirante Negro.

Na noite de 22 de novembro de 1910, o marinheiro Marcelino Rodrigues de Menezes foi condenado ao castigo. Logo no início o rapaz desmaiou, mas continuou a receber as chibatadas. O fato fez com que centenas de marinheiros se rebelassem. A insurreição, liderada por João Cândido, começou a bordo do Minas Gerais, mas atingiu outros navios, que tiveram seus comandantes destituídos. Horas depois, cerca de dois mil marinheiros tinham sob seu comando os principais navios de guerra da esquadra, mantendo os canhões apontados para o Rio de Janeiro, então capital da República. Eles exigiam o fim dos castigos corporais na Marinha.

Com receio das conseqüências da revolta, o presidente Hermes da Fonseca atendeu aos pedidos dos marujos, pois o pânico já havia levado milhares de habitantes a fugir da cidade. No entanto, assim que os rebeldes se entregaram com a promessa de anistia no dia 25 de novembro, o governo decretou suas expulsões da Marinha. Dezoito líderes foram para uma solitária no Batalhão Naval na Ilha das Cobras, no Rio. Apenas João Cândido e um companheiro saíram vivos. Os outros 16 marinheiros morreram sufocados, pois a prisão era lavada com uma solução de água e cal -- quando a água evaporava, o cal penetrava nos pulmões dos marinheiros, matando-os.

João Cândido foi banido da Marinha e chegou a ser internado em um hospício. Foi absolvido, mas nunca deixou de ser vigiado pela polícia, até mesmo em seu enterro. Teve 12 filhos, em quatro casamentos. Nunca mais conseguiu arrumar emprego fixo e passou o resto da vida trabalhando como estivador na Praça XV, no Rio de Janeiro, e fazendo biscates. Morreu em 1969, aos 89 anos, no anonimato.

No começo da década de 70, João Bosco e Aldir Blanc homenagearam João Cândido Felisberto com o samba O Mestre-sala dos mares. A história do Almirante Negro e da Revolta da Chibata ainda fazia eco nos círculos militares. A música acabou sendo vetada pela censura por trazer à tona um assunto proibido pelas Forças Armadas.

Fonte: http://www.acordacultura.org.br/heroi...

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Da metamorfose a liberdade


DA METAMORFOSE À LIBERDADE




COMO TUDO COMEÇOU....


EM UMA ATIVIDADE NO PÁTIO, UMA ALUNA DA EDUCAÇÃO INFANTIL, ENCONTROU 4 LAGARTAS NUM ARBUSTO, E ME TROUXE EM MÃOS. OS COLEGAS A ACOMPANHARAM ALVOROÇADOS. ALGUNS QUERIAM MATÁ-LAS E OUTROS QUERIAM SALVÁ-LAS. ALGUNS JURAVAM QUE ERAM VENENOSAS. DIANTE DA POLÊMICA, PEDI QUE ME ALCANÇASSEM AS LAGARTAS QUE IRÍAMOS ESTUDÁ-LAS. COLOQUEI EM UM POTE DE PLÁSTICO TRANSPARENTE JUNTO COM GALHOS E FOLHAS DO PÉ DE MANACÁ. COINCIDENTEMENTE FOI NUMA SEXTA ANTERIOR A SEMANA LITERÁRIA E DO MEIO AMBIENTE EM QUE AUTORA HOMENAGEADA SERIA A MARCIA FUNKE DIETER, CUJO LIVRO GABRIELA, A BORBOLETA AMARELA, FOI A OBRA INSPIRADORA DA SEMANA, DEIXANDO TODA ESCOLA DECORADA COM BORBOLETAS. ASSIM OS ALUNOS ESTAVAM CIENTES QUE AS BORBOLETAS PASSAVAM PELA METAMORFOSE (OVO, LAGARTAS, CASULO E BORBOLETA) POR TER SIDO MENCIONADO PELAS PROFESSORAS DO PROJETO DE MEDIAÇÃO DA LEITURA DA NOSSA ESCOLA, EM FUNÇÃO DESSA SEMANA LITERÁRIA E DO MEIO AMBIENTE.


HIPÓTESES (APOSTAS)
COMEÇAMOS PELAS APOSTAS (HIPÓTESES). EM QUANTO TEMPO ELAS VIRARIAM LAGARTAS E QUE CORES TERIAM. AS RESPOSTAS FORAM AS MAIS VARIADAS. DE QUE LEVARIAM ALGUMAS HORAS, SEMANAS, MESES, ANOS E ATÉ 1000 ANOS. EM RELAÇÃO AS CORES, O MAIOR NUMERO DE APOSTAS FOI PARA AS CORES DAS LAGARTAS AMARELA E PRETA.


DÚVIDAS E RELATOS


É VERDADE QUE ELA VIVE UM DIA E DEPOIS MORRE?
É VERDADE QUE DEPOIS DE BOTAR OVOS AS BORBOLETAS MORREM?
EU SEI QUE AS BORBOLETAS SE ALIMENTAM DO PÓLEN E DAS FOLHAS.


PESQUISAS
EM MOMENTOS DE AULA PESQUISAMOS NA INTERNET ASSISTIMOS VÍDEOS DE TODO O DESENVOLVIMENTO DO OVO ATÉ O MOMENTO DO NASCIMENTO DA BORBOLETA, SAINDO DO CASULO E EM SEGUIDA ELA SE PREPARANDO E SE LANÇANDO PARA O SEU PRIMEIRO VÔO. ESSE MOMENTO FOI BEM ESPECIAL, ATÉ PORQUE POR MAIS QUE ACOMPANHEMOS AO VIVO, NÃO FICAMOS OBSERVANDO 24 HORAS PO DIA, ENTÃO NÃO CONSEGUIMOS ACOMPANHAR TODOS OS O MOMENTOS DA VIDA DA BORBOLETA.


PESQUISA
NA BIBLIOTECA, OS LIVROS SOBRE AS BORBOLETAS COMEÇARAM A CHAMAR A ATENÇÃO DOS ALUNOS, QUE MOSTRARAM COM MUITA SATISFAÇÃO AS PROFESSORAS O QUE HAVIAM E ENCONTRADO. OS PEQUENOS OLHAVAM ATENTAMENTE SUAS GRAVURAS E OS QUE SABIAM LER, IAM LENDO AS CURIOSIDADES QUE FORAM LHE CHAMANDO A ATENÇÃO.


EM SEGUIDA PASSAMOS A PESQUISAR NESSES LIVROS E ENCONTRAMOS MUITAS CURIOSIDADES COMO:


A MAIOR E A MENOR BORBOLETA (3mm e 30cm de envergadura);
A BORBOLETA CAVEIRA;
A BORBOLETA COM CAUDA;


OS ALUNOS TAMBÉM FIZERAM PESQUISAS EM CASAS, LENDO E TROCANDO AS INFORMAÇÕES COM OS COLEGAS


OBSERVAÇÃO


AS 4 LAGARTAS FORAM ENCONTRADAS NO DIA 20 DE JUNHO.
SE ALIMENTARAM DAS FOLHAS DO PÉ DE MANACÁ.
TRANSFORMARAM-SE EM CASULO NOS DIAS: DUAS NO DIA 20, UMA NO DIA 22 E A ULTIMA NO DIA 24 DE JULHO.
TRANSFORMARAM-SE EM BORBOLETAS: NA MADRUGADA DO SÁBADO 1 DE AGOSTO (2 BORBOLETAS) , NA MADRUGADA DE TERÇA-FEIRA DIA 4 DE AGOSTO (1 BORBOLETA) E NO MEIO-DIA DA QUINTA-FEIRA, 07 DE AGOSTO, NASCEU A ULTIMA BORBOLETA, QUE FOI LIBERTADA PELA ALUNA BIANCA, QUE ESTAVA MUITO EMPOLGADA COM ELAS.






UM BELA SURPRESA: OVOS DE BORBOLETA


NUMA SEXTA-FEIRA A TARDE, NO DIA 10 DE JULHO , DIA QUE ESTAVA DE PROJETO ENCONTREI UM BORBOLETA NO PÉ DE MANCÁ, QUE ESTAVA COLOCANDO OVOS. ENTÃO TIREI FOTOS, E MAIS TARDE COLHI DUAS FOLHAS COM OVINHOS PRA MOSTRAR PRA OS ALUNOS.O PROFESSOR CRISTIANANREI DO MAIS EDUCAÇÃO ME ALCANÇOU A LENTE DE AUMENTO E  O MICROSCÓPIO PRA QUE PUDESSEM VER OS DETALHES DOS OVINHOS.






NASCIMENTO DA BORBOLETA NA ESCOLA.
TODAS AS TURMAS FORAM ACOMPANHADAS DE SUAS PROFESSORAS, PARA VER A BORBOLETA QUE NASCEU NO NA ESCOLA, NA TERÇA-FEIRA, DIA 4 DE AGOSTO.


AMPLIANDO A PESQUISA:


ESTUDAMOS SOBRE O PÉ DE MANACÁ E ACABAMOS POR CONHECER UMA LENDA DO MANACÁ, SEGUNDO A QUAL O PÉ ACABOU VIRANDO SIMBOLO DE IRMANDADE, UNIÃO E AMIZADE.


SOBRE A LIBERDADE




O ASSUNTO DA VIDA DOS ANIMAIS NO SEU HABITAT, NA NATUREZA, E NÃO EM CATIVEIROS E GAIOLAS, E A QUESTÃO DA LIBERDADE TANTO DOS ANIMAIZINHOS COMO DAS PESSOAS, VOLTOU A SER FOCO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL, JÁ QUE TAMBÉM ESTAMOS FALANDO DISSO NOS ESTUDOS DAS ÁRVORES, DO NELSON MANDELA (COM OS ALUNOS MAIORES). OS ALUNOS FICARAM ENCANTADOS COM A FOTO DE UMA DELAS VOANDO LIVRE NO CÉU AZUL. E AS BORBOLETAS QUE ELES TEM ENCONTRADO NA ESCOLA, SÃO ASSIM REFERIDAS: PROFE OLHA A BORBOLETA QUE TU LIBERTOU! COMO ELA TÁ FELIZ! ESTE TEMA DA LIBERDADE QUE ESTÁ COINCIDINDO COM ESTUDO DA CAMÉLIA, PLANTA QUE TEMOS NA ESCOLA E QUE SIMBOLIZA O APOIO AO FIM DA ESCRAVIDÃO. E ACABEI CONTANDO AOS ALUNOS QUE E MOSTRANDO EM FOTOS QUE AINDA EXISTEM PESSOAS, E INCLUSIVE CRIANÇAS, QUE TRABALHAM EM REGIME DE ESCRAVIDÃO E/OU FAZEM TRABALHOS FORÇADOS PELO MUNDO AFORA!


Bibliografia



Borboleta sugando o néctar das flores do pé de Manacá

Curiosidades-sobre-as-borboletas.



Pé de camélia